domingo, 15 de novembro de 2009
Prenúncio
Lua Mulher
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Busca
para poder te encontrar
E numa simbiose, me amar.
Après la Tempete
Silêncio
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Pai
Idas e Vindas
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Sonhei

SONHEI
Sonhei com momentos de puro amor
Com lagrimas de felicidade
Com o mar saudando meus pés
Que corriam ao seu encontro.
Sonhei com beijos apaixonados
Arrancados das entranhas de minha paixão
E com o sol aquecendo meu ser
Enquanto voce me buscava
No esconderijo de seus braços.
Sonhei com voce
E medrosa lutei para nao acordar
Enquanto aquecida e flutuante
Degustava dos seus carinhos
Em fina taça de emoção.
Lutei, contra a claridade gaiata
Que em sua gaiatice me despertou
Para a única verdade possível
Para realidade nua e inesperada
Voce existia... era real.
Minha doce e viva realidade.
Ione (Jullye)
sábado, 7 de novembro de 2009
Aqui e Acolá

Aqui e Acolá
Aqui há plena monotonia
Mas em algum lugar há certamente
Alguém com dor ou alegria
Há morte ou plantio de semente.
Nesse momento em algum lugar
Há uma casa vazia
Uma decepção ou um sonhar
Palavras quentes
Faces frias.
Alguém perdido
Pela ausência de alguém
Um preso arrependido
Um mendigo pedindo vintém.
Há alguém dizendo obrigado
Outro matando o semelhante.
Há um tronco arrastado
Em outro lugar festa e brilhantes.
Em algum lugar...
Um rosto sério e calmo...
Uma partida... uma chegada...
Um padre lendo um salmo...
Uma relação desgastada.
Em algum lugar...
Um casal enamorado
Porque a vida se evidencia...
Aqui, porém há monotonia.
Ou quem sabe...
Uma poesia?
Ione (Jullye)
Mulher
Mais um e outro...
Mulher útero, Mulher colo
Mulher ombro, mulher canção
De ninar.
Mulher dengo
Mulher coragem
Mulher frágil
Mulher oração
Mulher simplesmente
Mulher.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Menino

Confiante, matreiro
Chora e ri simultaneamente.
Pedinte e inventor
Astucioso, dorminhoco.
menino nosso que se perdeu
e foi esquecido
impedido de recriar
de saltitar nos corredores da imaginação
Por breves momentos
O menino desperta em nós
Para repatriar a pura ternura…
A fé, a confiança
Encontrada apenas
Nos quintais da meninice.
Ione (Jullye)
A impermanência

A impermanência
Na brevidade da flor está
A impermanência que nos
faz visitantes do que julgamos
ser nossa propriedade.
A impermanência...
Namorada do tempo
A despeito de nosso orgulho
E do som ensurdecerdor
do "eu quero mais".
Cultivamos o "eu sou"
"Eu tenho", o "eu venci"
Em ânsia poderosa de
de fugir da passagem fugaz
em passarela desenhada a crayon
que se apagará.
abortada pela
Lâmina implacável do tempo.
Ione (JULLYE)
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Poeminhas
ÁGUA
A água é o alimento do corpo...
O amor o alimento da alma..
A alma é a clarividência
da mente.
Deus é a base de luz
dando calor e beleza
ao ser humano.
Ione (Jullye)
prenhe de sonhos e planos.
Viver é sujeitar o coração e
Obrigá-lo a ser o mais cordato
Refém da emoção.
Ione (Jullye)
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Natureza
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Anjo

Sou um anjo cansado de agir
Cansado dos vôos incertos
Das palavras vazias
E das piruetas ensaiadas.
Anjo cansado das promessas,
Das súplicas humanas,
dos amores desusados finitos e maus,
Dos espaços limitados
E dos vendavais de emoções.
Sou anjo cansado querendo
Voar para as terras limpinhas
Onde habita a verdade.
Lugar do canto de pássaros
Dos animais e das flores
E dos hinos angelicais.
JU££YE
(ione Scherer)
Traição
O que você sentia por mim...
Quando não sonhava mais com você...
Mesmo ainda juntos,
Embora ainda namorada...
Ainda Amante.
Traí quando fui demais exigida
E as cobranças sufocaram....
Quando os agradecimentos eram pouco
Dentro de um amor absurdo
Cheio de dor
De desamor e egos loucos.
Mortificada pelas
Nuanças de egoísmos...
Mortificada... cansada
Traí solitariamente.
Traí você comigo mesma
Quando não mais sentia arrepios,
Desejos desgovernados...
Sensação de levitação
E silenciei ante sua cegueira.
Traí, conspirei, agi
Cumplice de mim mesma
No silêncio e recolhimento e
Na quietude de meu retiro.
Secretamente desamei
Passando a me amar
No sossego branco e brando que restou.
Roubei-me de você
Executando a única traição possível
Que era estar só sem ninguém
Restituída a mim mesma
Fazendo cumprir os tantos recados
E avisos lacrimosos
De que eu me pertencia
Na minha Essência divina.
Jullye (janeiro 2003)
Ione Scherer(JU££YE )
sábado, 4 de julho de 2009
Meus Vacilos

Sempre que falei de meus erros
Em constante formação e transformação.
Toda vez que mostrei-me frágil
Vi aproximarem-se
Toda vez que chorei
Finalmente... quando me bateu a doença implacável
Sou tão simpática em meus vacilos...
Tão igual a toda gente...
Que abençoados sejam meus tropeços.
São esses solavancos que me enfronham
No mundo real, humano, falível
E ternamente solidário.
quinta-feira, 19 de março de 2009
Pequenas Delícias

Nunca pensei que eu precisasse tanto
De um carinho, de uma palavra doce,
De um email passando força
De um afago ou de um incentivo
Imaginava-os, elementos dispensáveis
Sem os quais eu viveria bem
E sem os quais nada se alteraria
Pensava que a vida era feita
De gestos essenciais
E que os supostos “supérfluos”
Implicavam em ter-se ânimo
E muito tempo sobrando.
Hoje, com os ventos adversos
Compreendo que abri mão do
Essencial à sobrevivência de minha alma.
Supostamente, dispensáveis.
Ione Scherer (Jullye)
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Não faço Poesia

Não faço poesia.
Ela me arrebata e me arrasta
Por caminhos inesperados
Tão doces, tão novos... Caminhos tão plenos...
Que ao voltar, tonta e trôpega
Para rever o percurso feito;
Sinto-me por ela maculada.
A poesia me chega sorrateira
Vigorosa e matreira
Pronta para se fundir
Às minhas tênues, oscilantes
E desencontradas imaginações.
Ela é uma possuidora
De pretensos poetas
Que ingênuos são levados,
Usados e moldados pelos
Saborosos e possessivos
Caprichos poéticos...
Saídos de um planeta
Onde vive escondida a inspiração.
Não faço poesia;
Antes ela é que me faz
Faz-me cativa, passiva
Desfocada
Da minha metódica direção.
Ione Scherer (Jullye)
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Mestrado da vida

autores:Romano e Jullye
Somos aprendizes voluntários e obrigatórios
Deste Curso pré idealizado...
Todos nós, involuntariamente,
Fomos matriculados..
E sentados nos bancos escolares
sonhando com o diploma
Temos dias de lucidez e dias nebulosos...
A vida passa lentamente...
As dificuldades se fazem presentes,
Temos que nos preparar...
Um aprendizado aqui,um fato inusitado ali,
Começamos a nos graduar....
Eis que um dia, vitoriosos
Percebemos com lágrimas e emoção,
Em meio a canções, amigos solenidade...
Que somos, finalmentemeio doutores desta
Universidade.
Experiência, maturidade, sabedoria,
Permanecerão para sempre,
No nosso dia-a-dia.
Ione e Romano
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Por que?
Por que somos céticos de tudo
Vamos ofuscando a felicidade e
Somos criativos
Por que desacreditar
Perdemos tempo valioso
Por que?
Ione Scherer (Jullye)
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Os diferentes
Diferentes
À minha janela
Assisto ao desfile dos diferentes:
Galhos floridos de um ipê
No meu silêncio meditativo
Ione Scherer (Jullye)